quarta-feira, 15 de abril de 2009

IBGE divulga levantamento inédito sobre tamanho da indústria cultural no Brasil

IBGE divulga levantamento inédito sobre tamanho da indústria cultural no Brasil
Autoria de Camilla Pascoal Póvoa
quarta, 24 de janeiro de 2007
Última Atualização quarta, 24 de janeiro de 2007
IBGE divulga levantamento inédito sobre tamanho da indústria cultural no Brasil - O IBGE, em parceria com o
Ministério da Cultura,divulgou as informações do estudo inédito Sistema de Informações e Indicadores Culturais 2003,
realizado com o objetivo de organizar e sistematizar informações relacionadas ao setor cultural.
Alguns dos principais resultados da pesquisa:
Atuavam na produção cultural brasileira, em 2003, 269.074 empresas, responsáveis pela ocupação de 1.431.449
pessoas, das quais 1.007.158 eram assalariados. O resultado representa 5,2% do número de empresas, 4,0% do total
do pessoal ocupado e 3,5% do pessoal ocupado assalariado. O setor com maior participação foi o de Serviços, com
aproximadamente 59% das empresas e 62% do pessoal ocupado total e do assalariado na área da Cultura. Comércio
registrava a segunda maior participação no número de empresas (26,5%), embora fosse o que menos empregava
(14,7% do total de pessoal ocupado e 11,3% pessoal ocupado assalariado). A Indústria de transformação de bens
culturais, com uma participação de 14,7% no total de empresas, era o segundo maior empregador, com 22,8% do total de
ocupados e 26,2% dos assalariados.
A cultura registrou, em 2003, uma receita líquida em torno de R$ 156 bilhões, enquanto o montante de custos atingiu a
ordem de R$ 114 bilhões. Isso indica uma participação do setor cultural de 6,5% nos custos totais (incluindo indústria de
transformação, comércio e serviços) e de 7,9% na receita líquida total. Os serviços destacavam-se com a maior participação
(61,8% da receita líquida e 47,7% dos custos), seguidos pela indústria (28,8% e 41,2%) e pelo comércio (9,5% e
11,1%).
O gasto com cultura nas classes de rendimento mensal familiar de até R$ 400 foi R$ 18,27; para a classe e rendimento
de mais de R$ 3.000,00, o valor era maior que o dobro da média nacional e ficou em torno de R$ 378,13. em consideração o nível de escolaridade da pessoa de referência da família, a despesa média com cultura cresce
proporcionalmente ao nível de escolaridade da pessoa de referência, sendo de R$ 33,67 para aqueles sem instrução, e
de R$ 391,65 para os com ensino superior.
Os gastos públicos no setor cultural representavam aproximadamente 0,2% do total das despesas consolidadas da
Administração pública em suas três esferas. É nos municípios que a Cultura tem maior representatividade, com
aproximadamente 1% do total de gastos. Nos estados, este percentual era de 0,4%, enquanto no governo federal a
cultura representava apenas 0,03% da despesa orçamentária, no ano de 2003. Os municípios eram responsáveis maior parte (55%) dos recursos orçamentários previstos para o setor cultural em 2003, quando o total de investimentos
públicos no setor chegou a aproximadamente R$ 2,3 bilhões. Deste montante, R$ 293 milhões eram efetuados pelo
governo federal (13% do total), R$ 747 milhões pelos governos estaduais (32%) e R$ 1,27 bilhão pelos governos
municipais. Na esfera estadual, os gastos realizados na região Sudeste representavam 41% do total, enquanto na região
Nordeste representavam 25%, e na região Norte apenas 13%.
Na esfera federal, os dados mostram que o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional - IPHAN era responsável
pelo maior volume de gastos, já que é responsável pelas despesas de todos os museus federais.
Nas atividades culturais, prevalece um nível de escolaridade mais elevado que o do mercado de trabalho em geral.
Nestas atividades, predominava a participação dos ocupados com 11 anos ou mais de estudo (superior a 46% entre 2002
e 2004), enquanto que para o total de todas as ocupações a maior participação é observada nos ocupados com menos de
oito anos de estudo (superior a 39% entre 2002 e 2004).
Fonte: ABER
Associação Brasileira de Museologia
http://www.museologia.org.br/index2.php?option=com_content&do_pdf=1&id=227

Nenhum comentário:

Postar um comentário